na cabeça possui uma máscara preta que alcança parte do peito; a porção ventral é amarelo -alaranjada e se estende até o início da cauda. Na nuca possui uma mancha alaranjada. As asas são pretas havendo em cada lado dispostas no sentido longitudinal manchas brancas de regular tamanho. Abaixo das asas, na porção dorsal, a cor é amarelo-alaranjado como no ventre. Os olhos são grandes e vivos. A íris é cor preta contornada por um círculo amarelo. O bico é longo, pontiagudo e de cor escuta. As unhas são escuras; as pernas e os dedos são acinzentados. Na natureza se nutre de intersetos e de frutas; é, porém, um, frugívoro por excelência. Facilmente, se amansa em cativeiros podendo mesmo sair da gaiola e se manter pousado na mão do tratador. O bom Corrupião é aquele que tendo bom canto nativo é manso e agressivo nas horas certas. É indispensável que não seja um espécime frio. Facilmente aprende a imitar o canto de outras aves, ou outras melodias que se lhe ensine. Há Corrupiões que assobiam com perfeição estrofes do Hino Nacional. Praticamente inexiste o dimorfismo sexual. Tanto se assemelham as fêmeas e os machos que alguns creem que ambos são capazes das mesmas proezas de canto. Sua disseminação se verifica numa grande região que vai de Minas Gerais até o Maranhão e é em especial encontrado nas regiões norte e nordeste do brasil. É tão apreciado e difundido o gosto por esta ave que em Buenos Aires tivemos a oportunidade de vê-la em casa de ornitófilos que quando não as chamavam de Corrupião, as apelidavam de Turpial. Alguns Ornitólogos chamam a esta ave de Xanthornus jamacaii (gr.: xanthos, amarelo) e, outros de Icterus jamacaii (gr.: ikterus, amarelo) numa mesma tentativa de através de diferentes nomes científicos poderem identificar a sua cor mais característica. O nome mais comumente usado, é o de Icterus jamacaii. Há alguma controvérsia, como não poderia deixar de ser, no que diz respeito ao número de espécimes e subespécies existentes. Alguns autores, e entre estes estão J. D. Frisch e Olivério Pinto, acreditam somente na existência de duas espécimes distintas, as quais, tendo muito pequena diferença nas marcações do colorido são apenas identificáveis por conhecedores espertos. Uma destas espécies seria a Icterus jamacaii, já descrita acima, e, a outra, seria a Icterus croconotus, mais comum em Mato Grosso onde recebe o nome popular de João Pinto. Como já dissemos são muito parecidas estas duas espécies no que diz respeito à coloração; quando ao canto, o conhecido Corrupião, também chamado de Sofrê e de Concriz, tem notas mais longas e repetidas, ao contrário do João Pinto que apresenta canto de notas mais curtas. |