em 08 de Agosto de 2019
Com a facilidade de enviarmos mensagens instantaneamente nos dias atuais, mencionar pombos correios pode parecer estranho. Mas se tem algo fascinante é a capacidade desta ave que, durante séculos, viajaram longas distâncias para transportar mensagens.
Com um excelente senso de direção e um corpo mais forte os pombos correios se diferem dos demais e podem viajar até mil quilômetros em um único dia a uma velocidade de 90 quilômetros por hora.
Há registros de que esses pombos eram utilizados como correio em 2.800 antes de Cristo. Estes animais tiveram importância vital durante o período de guerra na idade média. No transporte de mensagens importantes
Seleção e cuidados
Adquira pássaros da melhor qualidade que puder, mesmo que tenha que comprar um pequeno de qualidade superior. Compre os pombos sempre aos pares, a não ser que se trate de uma raça específica que dispensa essa precaução. Os pombos de corrida devem ter ótimas performances, que pode ser avaliada pela análise de desempenho do animal ou deduzida a partir de sua árvore genealógica, ou seja, o pedigree.
Para pombos de exposições, procure animais bonitos e que atenda a alguns requisitos. Em competições, juízes escolhem os pombos vencedores com base em certos atributos físicos.
O viveiro de pombos é conhecido como pombal, e pode ter inúmeros tamanhos e disposições. Cada par de pombos requer de 20 a 30cm³ de espaço. O pombal deve proteger as aves de predadores, ter um espaço interno e externo bem protegidos, ótima ventilação e espaço adicional para acomodar a comida e equipamentos, que não podem ser armazenados aos ao livre. Em caso de cruzamento dos pombos, deve ser providenciado um lugar separado pra os casais e para a ninhadas.
TREINAMENTO
O programa de treinamento deve ser iniciado às seis semanas de idade. É nessa época que o pombo começa a aprender como é que funciona o alçapão. Trata-se de uma porta que permite à ave entrar no pombal a qualquer momento, mas que só lhe permite sair dele quando o dono assim desejar.
Deve ser elaborado um programa diário e bem específico de treinamento. O adestramento exigirá dedicação. Portanto, sabendo antecipadamente que deve instruir ao pássaro a cada dia, o mesmo treinamento com mais eficiência. Deve haver pelo menos uma sessão de treinamento por dia, e a distância percorrida ou o método devem mudar semanalmente. No Início, podem ser soltos à 1,6Km do viveiro, o que deve ser repetido várias vezes na semana. Para levá-los ao local de soltura deve ser utilizada uma gaiola. Lembrando que os pombos precisam de algum incentivo para retornar ao pombal. Comida boa, instalações confortáveis e tratamento digno que o faz querer voltar para a casa
A distância deve ser aumentada em 8km a cada semana, sempre em diferentes direções, A dificuldade do treinamento não pode ser aumentada rápido demais.
CURIOSIDADES
Os pombos não transportavam exclusivamente mensagens, eles também foram utilizados para entregar pequenos objetos que estavam em um outro lugar e que precisavam chegar com urgência, como exemplo tubos de sangue de hospitais e laboratórios.
Alguns exércitos modernos continuam mantendo o treinamento de pombos correio, a fim de manterem um plano de contingência no caso de surgir alguns conflito que faça os sistemas modernos de comunicação entrarem em colapso.
Alguns pombos simplesmente se cansam no trajeto para casa e precisam de um tempo para descansar, o mais normal é que eles encontrem o caminho de volta em um dia, mas há pássaros que aparecem depois de vários dias.
POMBOS ORNAMENTAIS
Os columbófilos, ou seja, criadores de pombos, estão sempre em busca de variações na tonalidade e combinações de cores, tendo como objetivo final a ornamentação.
Os pombos tratados em gaiolas ou cativeiros são desenvolvidos para participar de concursos, exposições e diversos outros eventos.
Há centenas de pombos ornamentais no Brasil, porém, todos são de raça oriundas de outros países, principalmente do continente europeu, asiático e de regiões andinas.
King, Rabo de leque, peruca, cacheado, papo-de-vento holandês, papo-de-vento inglês, gravatinha e andorinha são as raças mais apreciadas por aqui. O manejo de pombos tem como maior exigência proteger as aves da umidade e assegurar a higiene do ambiente. “A alimentação é à base de ração e o criador não precisa de muito espaço para se dedicar a atividade. Monogâmicos e muitos companheiros, os casais dividem tarefas como construção de ninhos, a choca dos ovos e a criação dos filhos” define Valmir Guedes Vieira, criador de 34 raças de pombos ornamentais no estado de São Paulo.
JACOBINO
Capuchinho, peruca ou cabeleira. Esta raça reúne beleza, elegância e raridade em um só pombo. Porém, disfuncionalidade acompanha seus passos, pois, a plumagem que o faz belo, também o impede de voar.
Apesar de parecerem delicados, esses pombos são muitos resistentes, comem pouco, reproduzem-se facilmente e são bons pais.
RABO DE LEQUE
É uma das mais populares raças de pombo ornamental. De origem indiana, mais precisamente do Paquistão, apresenta uma cauda em forma de leque que tem entre 30 a 40 penas. Diferente dos demais pombos que tem de 12 a 14.
ANDORINHA
Apresentam diversas cores e padrões, entre eles as cores, canelam, vermelho, preto, e tradicional cinza azulado, são conhecidos por seus pés serem cobertos por uma capa de penas.
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PATO-MERGULHÃO
EMBAIXADOR DAS ÁGUAS BRASILEIRAS
O pato-mergulhão (Mergus octosetaceus) é uma espécie especialista em rios, considerada como uma das aves mais ameaçadas das Américas e uma das mais raras do mundo, inclusive sendo considerada extinta entre 1940 e 1950. É conhecida no Brasil, Argentina e Paraguai, sendo que em território nacional há registros confirmados em três bacias hidrográficas: São Francisco, Tocantins e Paraná. Infelizmente, no Paraguai e na Argentina, a espécie não é encontrada há mais de 10 anos.
AMEAÇAS
Por ser uma espécie com requerimento de habitat muito específico, o pato-mergulhão é pouco tolerante a impactos no ambiente. A principal ameaça à espécie é a degradação do seu habitat. Toda e qualquer atividade que provoque alterações hidrológicas nos rios e modificações no habitat ou na estrutura da paisagem, por menores que sejam, podem inviabilizar a sobrevivência da espécie em uma determinada área. Os projetos hidroenergéticos são uma importante ameaça, uma vez que provocam a mudança de rios e córregos dos quais o pato-mergulhão depende, em barragens e lagoas.
O aumento dos sedimentos em suspensão na água decorrente da remoção da vegetação ao longo dos rios e a alteração da qualidade físico-química da água por meio de poluentes como defensivos agrícolas, adubos e descargas orgânicas (esgotos residenciais) provocam o desaparecimento da espécie desses locais.
Fonte: http://www.icmbio.gov.br/cemave/destaques-e-noticias/135-pato-mergulhao-mergus-octosetaceus-embaixador-das-aguas-brasileiras.html - acesso em 05/08/2019
O pato-mergulhão depende de águas limpas e transparentes, especialmente dos rios e córregos cercados por matas ciliares, com cachoeiras e piscinas de diferentes tamanhos e profundidades. São excelentes nadadores e apresentam um senso visual acurado. Diferente de outras espécies de patos, o pato-mergulhão possui um bico longo, serrilhado e captura presas vivas ao mergulhar (daí a origem de seu nome). Por isso, é extremamente afetado por qualquer alteração na qualidade das águas. Esta característica é determinante, pois a espécie somente é capaz de sobreviver onde as águas são limpas e transparentes. Por tais particularidades, esta espécie é considerada um bioindicador ambiental: onde há presença deste pato, o ecossistema ainda se encontra em equilíbrio. Dessa forma, o ser humano e o pato-mergulhão compartilham da mesma necessidade por águas limpas para sua sobrevivência.
POPULAÇÃO e DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Atualmente, a população mundial dessa espécie é estimada em menos de 250 indivíduos na única área de distribuição disjunta brasileira. Os esforços de trabalho de campo são necessários para realizar novo censo na área de distribuição atual, percorrer áreas de ocorrência histórica e investigar novas áreas ainda não visitadas. A espécie está presente no Brasil em apenas quatro localidades: Serra da Canastra e Serra do Salitre em Minas Gerais, Chapada dos Veadeiros em Goiás e região do Jalapão em Tocantins, principalmente em áreas localizadas nos limites e entorno de unidades de conservação (Fig. 01). Dessa forma, fica evidente a importância das unidades de conservação para garantir a sobrevivência desta espécie. A região da Serra da Canastra abriga a maior população da espécie, com cerca de 140 indivíduos.