Capri Online Nº 57

em 08 de Fevereiro de 2021

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TEMPERATURA DAS AVES

Por: Edilson Guarnieri

Homeotermia é uma característica de alguns animai que lhes permite manter sua temperatura corporal relativamente constante à causa de uma alta taxa metabólica gerada pela intensa combustão de alimento energético nas células e/ou por meio de comportamentos associados a trocas de calor com o ambiente. Estes animais são chamados de animais de sangue quente, animais homeotérmicos ou animais de temperatura constante.


Animais homeotérmicos e endotérmicos são frequentemente tomados como sinônimo um do outro, porém estes são termos diferentes:


Os primeiros mantêm a temperatura corporal estável, não importando a temperatura ambiente, e os segundos são capazes de gerar calor internamente por meio de reações metabólicas e contrações musculares. Esse equívoco se deve à constatação de que a maioria dos animais homeotérmicos são também endotérmicos e vice-versa.


Os animais de sangue frio (poiquilotérmicos, pecilotérmicos ou ectotérmicos), grupo no qual se incluem os peixes, anfíbios e répteis, necessitam do calor do ambiente para se aquecer.

No entanto, é importante ressaltar que dizer que répteis são animais que possuem “sangue frio” é um engano uma vez que após tomarem sol durante um tempo, a temperatura do sangue desses animais pode chegar à mesma temperatura conseguida pelos endotérmicos. O sangue de peixes de águas tropicais também pode atingir 27ºC, o que, se comparadas às temperaturas médias de regiões temperadas e polares, não pode ser considerada uma temperatura baixa.


A endortermia é mantida através da homeostase térmica, que é conseguida através do controle das suas taxas metabólicas. Um animal endotérmico consegue manter a temperatura do seu corpo mais ou menos constante a um nível que pode ser distinto da temperatura do ambiente que o rodeia.


Este processo pode envolver não só a capacidade de gerar calor, mas também a capacidade de arrefecer essa temperatura se necessário.


As aves são animais homeotérmicos, capazes de regular a temperatura do corpo independente da temperatura do ambiente, graças a um centro termorregulador localizado no sistema nervoso central. Esses animais conseguem manter a temperatura entre 40ºC e 42ºC.


A produção de calor pelo organismo das aves está relacionada à capacidade de oxidação dos alimentos, que depende de uma boa oxigenação dos tecidos. Essa oxigenação dos tecidos é possível graças à ventilação do sistema respiratório e graças ao coração, provido de quatro câmaras.


Pequenos pássaros que passam o inverno em latitudes temperadas enfrentam curtos dias de forrageamento, disponibilidade de alimentos reduzida e um maior custo de termorregulação. No entanto, tais aves podem reduzir substancialmente as demandas metabólicas e consequentemente as necessidades diárias de forrageamento ao entrar no estado de hipotermia controlada (uma redução ativa da temperatura corporal abaixo do normal) durante a noite.


Mostramos que o grau de hipotermia depende de sugestões ambientais de curto e longo prazo e, ao realizar uma experiência, cientistas observaram que, quando a disponibilidade de alimentos é alta, os peitos azuis (Cyanistes caeruleus) não entram na hipotermia, mesmo com poucos alimentos.


A descoberta de que a hipotermia não é usada rotineiramente durante a noite é um pouco desconcertante, já que os gastos de energia reduzido aumentaria a probabilidade de sobrevivência, reduzindo tanto o risco de inanição durante a noite como a predação relacionada à alimentação diurna. Assim, a hipotermia provavelmente está conectada a custos contra os quais seus benefícios são negociados. Tais custos potenciais podem incluir uma maior susceptibilidade à predação quando em estado hipotérmico. Ao manipular experimentalmente o risco de predação percebido, testaram a hipótese de que as aves reduzem a profundidade da hipotermia se o risco de predação é alto e gerenciam sua energia de acordo com a situação.


Outro fator que interfere na manutenção da temperatura do corpo das aves é a presença de gordura subcutânea e de uma camada de penas. Essa camada de penas auxilia muito no controle da temperatura, pois quando a temperatura está baixa, as penas arrepiam, aumentando a camada de ar retida entre elas, promovendo o isolamento térmico. Ao mesmo tempo em que isso ocorre, também já uma maior oxidação dos alimentos, para produzir mais calor, o que consequentemente gasta mais energia.


Nos pés das aves há um mecanismo de contracorrente sanguínea que impede que elas percam calor por essas estruturas. Nesse mecanismo, os casos sanguíneos que levam sangue em direção aos pés são envolvidos por outros vasos que conduzem sangue em sentido contrário, ou seja, em direção ao corpo, sendo que esse sangue absorve o calor e o traz de volta para o corpo, impedindo que haja perda de calor.


Quanto as aves estão expostas a temperaturas muito altas, elas mantêm as penas bem próximas ao corpo, a fim de diminuir a camada isolante de ar. Dessa forma, o sangue é enviado em maior quantidade para a pele e a respiração do animal se torna mais acelerada. O ar presente nos sacos aéreos absorve o calor proveniente do corpo e o eliminado no processo de expiração. 


Fonte:  Passarinheiros & Cia - Edição 98.

MUTUM DE ALAGOAS

Reintroduzido na fauna e decreto reconhece ave como símbolo do estado.


Foto:  https://aminoapps.com/

A Reintrodução acontece quase 30 anos sem registro do pássaro na Mata Atlântica alagoana.


O Mutum de Alagoas, um dos 11 animais em extinção na natureza no Brasil, foi reintroduzido na fauna do estado em setembro de 2017, após quase 30 anos sem registro do pássaro na Mata Atlântica alagoana.


A reintrodução marcou a inauguração do Centro de Educação Ambiental Pedro Mário Nardelli, localizado na Usina Utinga, em Rio Largo. Na ocasião, o governador Renan Filho (PMDB) assinou o decreto que torna a ave símbolo estadual.


Um casal da ave foi colocado em um viveiro de 400 metros quadrados. A partir de agora, o pássaro passará por um processo de adaptação até que a espécie possa ser reintroduzida, de forma definitiva, na Mata Atlântica. A ave só não foi extinta por causa da ação do ambientalista Pedro Nadelli, que levou três casais do estado há 43 anos.


Hoje, eles são poucos mais de duzentos em outros criadores particulares, que também funcionam como centros de pesquisa, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.


Preservação

Todo o processo para a volta do Mutum pra Alagoas começou em 1998, com ações para a preservação das reservas de Mata Atlântica no estado.


As ações foram rigorosamente acompanhadas pelo Núcleo do Meio Ambiente do Ministério Público (MP). Um casal da ave foi trazido para um viveiro de 400 metros quadrados, localizado no município de Rio Largo, em uma reserva de Mata Atlântica da Usina Utinga Leão.
A ideia e o projeto vieram de um desejo de Fernando Pinto, do Instituto de Preservação da Mata Atlântica (IPMA). Um contrato entre a usina e o IPMA vai permitir que outros três casais da ave sejam trazidos para Alagoas e soltos na natureza.

 

Fonte: G1 Alagoas

 

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