Capri Online Nº 61

em 18 de Junho de 2021

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Alimentação do dia da roda

Por: Edilson Garnieri

Na edição passada falamos sobre a importância de manter um bom peso nas aves de alta performance e como isso influencia nos resultados das rodas e até mesmo nos torneios de canto e prometemos uma matéria sobre alimentação no dia e na véspera do torneio.

Como dissemos na edição anterior, o escore corporal ideal para uma ave de torneio é o “magro”, lembrando que “magro” não se confunde com caquético, que é extrema magreza.

 

Partindo do pressuposto que a ave já está com a dieta e o peso em dia, resultado de um trabalho que foi feito a longo prazo, qual será a alimentação ideal um tornei?

 

A dieta do dia a dia já foi abordada e citamos que o criador deve se preocupar com os aportes calóricos e com o excesso de carboidratos, que podem levar a ave à um sobrepeso, mas agora ela participará de uma competição de resistência intensa, no caso das rodas e de resistência moderada no caso dos torneios de canto. Em ambos os casos, normalmente ocorrem viagens mais longas ou mais curtas e isso deve ser levado em consideração.

 

Um dos melhores alimentos para ambos os casos pelas suas propriedades nutricionais é o milho verde, pois um grão de milho tem sua composição a proporção ideal de um alimento.

 

No seu estado ainda verde, o torna atrativo, palatável e muito nutritivo, pois o seu açúcar é a dextrose que é de rápida absorção e trata-se de um carboidrato da “cadeia longa”.

 

A exemplo disso, sabemos que existem saquinhos de carboidratos em gel que são vendidos comercialmente e muito usados por atletas que participam de provas de longa duração, e sua composição é basicamente maltodextrina, fornecendo energia durante estas atividades físicas, intensas e de longa duração, retardando a fadiga, através da gradual liberação de glicose para o sangue.

 

Esse gel é apresentado em saquinhos e normalmente os atletas inferem antes e também durante a prova, e isso lhes dá uma resposta de energia muito rápida.

 

TIRAR O MILHO APÓS A PRIMEIRA MARCAÇÃO É RECOMENDADO?

 

Vejam que nesse momento o manejo correto começa a dar lugar à sorte de um campeão, porque a ave tem de se alimentar com aquilo que estiver disponível na gaiola e se parar para comer na hora da marcação terá sua performance comprometida, mas uma ave que está desde o inicio da roda se alimentando com um alimento de rica fonte de energia, e no momento crucial, que ela mais precisa, esse alimento for sacado, é de reconsiderar.

 

Assim com uma ave de torneio de canto, o princípio é o mesmo e o milho verde torna-se um alimento muito interessante. Essa ave é submetida a um manejo de contenção para não cantar no momento que não precisa, deixando para liberá-la nos 5 minutos de apresentação para que ali possa manifestar o máximo de sua performance, e esse manejo que contém a ave para não cantar também pode atrapalhar sua alimentação, portanto o expositor deve otimizar cada ingestão de alimento, com alimentos ricos, de fácil digestão e absorção pelo organismo. O milho verde, por gerar uma energia muito rápido é usado para “esquentar” uma ave e fazê-la cantar mais, porém existem casos que a ave “passou” do ponto e precisa que seu comportamento se inverta, precisa acalmá-la e nesse caso específico pode ser oferecido para a ave um pedaço de “pepino” que por ser de difícil digestão faz com que a ave se alimente menos. Esse equilíbrio demanda muita sensibilidade do proprietário e a sua avaliação deve ser criteriosa.

 

Alimentos gordurosos não devem ser ministrados, pois gorduras e proteínas têm sua digestão mais complexas que os carboidratos.

 

Alimentos ricos em fibras proporcionam saciedade para ave, mas não são fontes de energia, e isso faz com que ela coma mais e se canse mais rápido.

 

A escolha dos alimentos na hora da compra deve ser criteriosa, adquirindo os de melhor qualidade e mais frescos. Devem ser bem armazenados para que mantenham suas propriedades e não entrem em processo de putrefação. Bom aspecto e bom odor são fundamentais e na dúvida descarte.

 

Vejam as listas de alimentos indicados e contra indicados para que sua ave cante mais no dia da prova, lembrando que os hábitos alimentares de cada espécie têm de ser respeitados:

 

Indicados: Mix de sementes habitual, ração extrusada habitual, frutas doces e sem gordura, e principalmente o milho verde.

 

Contra indicados: Larva de tenébrio, legumes, frutas gordurosas e verduras.

 

Fonte:  Revista Passarinheiros & Cia 93

www.passarinheirosecia.com.br/tv

 
Imagem sem descrição.

A mais bela das Neophemas

Neophema Splendida

Imagem:  www.casadospassaros.net/periquito-esplendido/

Em inglês Scarlet-chested Parrot ou Splendid Parrakeet, seu nome científico é Neophema splendida e, em português, Esplêndido.

Esta pequena ave de 19 cm pode ser relacionada como um dos maiores psitacídeos mais belos do mundo. Originária do interior da Austrália, onde habita bosques de eucaliptos.

São aves extremamente quietas que vivem a maior parte do tempo aos pares ou em pequenos grupos.

Há mais ou menos cinquenta anos, foram quase extintas, mas graças a um criador inglês que conseguiu a sua reprodução em cativeiro, hoje não correm mais riscos de extinção, e hoje em toda a Europa são reproduzidas com certa facilidade.

No Brasil também são reproduzidas por alguns criadores e o maior problema encontrado é a falta de aves com sangue novo para fortalecer o nosso plantel.

O macho é um colorido brilhante com a face azul, peito vermelho, barriga amarela, asas azul-celeste e azul-turquesa e a parte superior da cabeça e costas são de um tom esverdeado. A fêmea não possui colorido tão brilhante nem o vermelho do peito.

O período de criação é de agosto a janeiro, põem de 3 a 5 ovos, os quais são incubados somente pela fêmea, por um período de 18 a 20 dias. O ninho utilizado é a caixa de madeira que pode ter 40 x 25 x 25 cm com entrada em torno de 5 cm de diâmetro e com poleiro de entrada. A parte superior deve ser do tipo dos filhotes, o que deve ser feito entre o 10º e o 12º dia de nascidos, com anel de 3,5mm de diâmetro. Os filhotes devem ser separados dos pais assim que comecem a comer sozinhos.

 

Alimentação

 

A alimentação é constituída basicamente de grãos. Em cativeiro dar diariamente uma mistura de grãos com 50% de painço, 40% de alpiste, 5% de aveia e 5% de girassol. As sementes devem ser limpas livres de mofo e isentas de poeira. Duas vezes por semana, dar verduras (almeirão, escarola, couve etc.), apreciam também milho verde e maçã.

Manter sempre um pote com 90% de areia e 10% de farinha de ostra. Uma vez por semana dar ração para cães granulada, que possua em sua formulação proteínas, vitaminas e sais minerais.

Dar, em dias intercalados, uma farinhada constituída de 1kg de farinha de rosca, 1/2kg de sêmola de milho, 200g de Neston, 2 colheres de sopa de pantotenato de cálcio, acrescentar a essa farinha, na hora de dar para as aves, uma gema de ovo cozido para 3 colheres de sopa da farinha e 1 gota de óleo de germe de trigo.

Quando as aves estiverem com filhotes, reforce a alimentação dando verduras, farinhada e, se possível, maçã e milho verde diariamente.

Os filhotes atingem a idade adulta lá pelo 10º mês, mas a cor definitiva somente é adquirida no 2º ano, quando poderemos ver todo o nosso trabalho recompensado pelas belas cores brilhantes na Neophema splendida.

 

Fonte:  Revista Pássaros nº 142

www.revistapassaros.com.br/

 
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