Capri Online n°45

em 24 de Outubro de 2019

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Estrutura


Mede aproximadamente 13,4cm é o maior representante do gênero. Possui bico grosso, tamanho bastante variado, mas com constituição característica de ser a maxila mais estreita que a mandíbula, o que recorda as duas espécies que mencionamos a seguir. 

O MACHO

Ostenta uma plumagem pardo-olivácea com uma estreita faixa pós-ocular, garganta e meio das partes inferiores brancas ou esbranquiçadas; centro do abdômen amarelado: asa com dua faixas amarelas transversais. Há muita variação no colorido, ao que parece, devido à idade, as vezes aparecendo branco puro na fronte, no píleo, e/ou nos lados do pescoço(“estrela”, macho adulto); também pode ter uma nítida estria malar da mesma cor; por outro lado, o dorso anterior e o alto da cabeça podem apresentar-se cinza-escuro, etc.  

 

A FÊMEA

É parecida com o macho, porém mais esverdeada e sem lista branca pós-ocular. A fêmea e o macho sem branco são chamados “taquaras”. Voz estridentes “pitz” canto violento, uma espécie de açoitar “Tchó-tchó-tchó-tchut” interpretado pelo provo como pichochó; gorjear confuso e fluente. Em cativeiro, seu canto torna-se mais incansável. A fêmea  canta também.  

Habita o interior da mata espessa, taquarais, nos anos em que estes frutificam ocorrem em tão grande número que se espelham por regiões onde não aparecem normalmente, por exemplo, na restinga da Marambaia (Rio de Janeiro), associados à haplospiza. Ocorre também em terrenos cultivados (arrozais Rio Grande do Sul, do começo até o final da safra de abril). Ocorre no Paraguai, Argentina (em missiones) e Brasil, do espírito sano ao Rio Grande do sul. “chanchão”, “catatau” (minas Gerais), “estalador”, Pichochó”, em juquiá, São Paulo, ainda é frequente na borda das matas, alimentam-se de sementes de taquaris isolados.

O pichochó é uma ave muito cultivada no estado do Rio de Janeiro, em especial na região de própolis, para a prática de torneiros tanto canto quando de fibra. Pássaro simpático a todos por seu canto marcante. Informações comuns às sporophilas:

São extremamente limpos, higiênicos. Territorialista na época da reprodução, qualidade esse incomum a família. De um modo geral, sporophilas aceitam viver em bandos. Apreciadoras de sementes em geral, se alimentam em grande número nas sementeiras de capim em geral,

Botam de 2 a 3 ovos, chocam 13 dias, e os filhotes são apartados dos pais aos 35 dias de vida em média.

Indica-se exame de sexagempor DNA nos filhotes para a classificação do gênero, facilitando assim o manejo e o planejamento do criatório.

De um modo geral, as sporophilas são extremamente interativas com seus proprietários, de muita mansidão, e se adaptam muito bem a passeios de carro. No estado do Rio de Janeiro, é comum observamos passarinheiros andando com suas coleiras, tizius, pichochós, até mesmo nas bicicletas, ônibus e trens.  

 

Fonte: Revista Passarinheiros & Cia

 

A PEQUENA E RARA PARARU-ESPELHO

Foto: Luiz Claudio Marigo. Fonte da imagem: Arkive.

Uma das aves mais raras brasileiras, tendo poucas fotos e registros antigos. Está criticamente ameaçada de extinção pela devastação da Mata Atlântica.

A pomba-de-espelho, também conhecida como pararu-espelho, é uma pomba de médio porte, com dimorfismo sexual bem evidente. Seu nome científico antes era Claravis godefrida, agora é Claravis geoffroyi, que significa do latim clarus = claro, distinto; e avis = ave, pássaro; e de geoffroyi = homenagem ao zoólogo francês Étienne Geoffroy Saint-Hilaire

Caracteristicas Morfológicas

A plumagem do macho é cinza azulado, com duas largas faixas transversais na asa de cor castanho cobreada. A fêmea é parda, com as faixas alares de coloração séptia-violácea. Medindo cerca de 22 a 24 cm de comprimento.

Hábitos e Alimentação

Trata-se de uma espécie florestal, de hábito terrícola, explorando preferencialmente os taquarais  de regiões serranas em busca da frutificação  dessas dessas plantas como fonte de alimentar. Entretanto pode forragear no solo de campos abertos, atraída por sementes de gramíneas que surgem com o rebrotamento pós-queimada

  Foto Donna lynn. Fonte: flickr.

Reprodução  

Os dados relacionados a reprodução da  pararu-espelho são bem escassos. O que se sabe, é que a atividade reprodutora ocorre no verão, nos meses de Novembro a Fevereiro. Informações a respeito de seu processo de nidificação, também são raros. Segundo um relato, este é montado em árvores espessas e com muitos ramos. Se o ninho, seguir o critério dos columbídeos, sua forma lembrará uma tigela achatada, com gravetos secos mal reunidos.

Imagem sem descrição.

 Fonte: taenos.

Distribuição Geográfica

Os registros existentes indicam uma raridade natural em sua área de distribuição geográfica, embora alguns relatos antigos mencionem a espécie como de caráter comum para algumas localidades.
A escassez ou ausência atual, em vários estados atesta o declínio de suas populações no Brasil. Em Minas Gerais, não ocorre registro da espécie há mais de 50 anos. Já é considerada localmente extinta em Viçosa, onde foi registrada pela última vez na década de 1930. Presente também no Sul da Bahia até Santa Catarina.

Fora do país, ocorre apenas no Paraguai (BERTONI, 1901) e Argentina (OLROG, 1979), sendo por isso considerada uma espécie quase endêmica do Brasil.

Há relatos de indivíduos que foram encontrados em regiões montanhosas de até 2.300 metros de altitude. Sick (1997), relatou bandos de aves nos arredores de Teresópolis - RJ, região de altitudes que variam de 869 (centro da cidade) a 2.262 metros de altitude (Serra dos Órgãos). Também há relatos de  aves observadas em Itatiaia - SP, onde as altitudes variam de 600 a 2.789 metros (Pico das Agulhas Negras) e na RPPN Parque do Zizo/SP, em 2007, durante forte frutificação do bambu.

Distribuição Geográfica

Por se tratar de espécie associada aos taquaris da Mata Atlântica, a devastação desse ecossistema constitui a principal ameaça à sua sobrevivência. Supondo-se que ainda exista em renascentes florestais. Mas ela continuaria ameaçada, uma vez que a distribuição fragmentada das matas restringe fortemente seu comportamento nômade, aparentemente necessário para suplantar os períodos de interfrutificação dos taquaris, sua principal fonte de alimento. Atualmente, mesmo não havendo dados indicando pressão de captura ou caça sobre a espécie, como ocorria no passado , essa possibilidade não deve ser descartada.

 

Por: BioOrbis. Maio 2018

 

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